Ricardo Ramos percorre as praias mais escondidas do país à caça de plástico. Já foi mariscador, agora é um “artivista” denominado Xicogaivota: “Troquei os percebes por plástico, mas não troco as arribas nem estas praias tão únicas, lindas e ao mesmo tempo abandonadas. Mostram o que nós queremos esconder… o lixo”
Entrar no estúdio de Ricardo Nicolau de Almeida é como entrar numa drogaria de lixo encontrado na praia. Este é armazenado, categorizado, separado por cor e funcionalidade e vão desde bonecos de plástico a chupetas, de garrafas de plástico a bidões. Estas peças são depois usadas em criações artísticas, fazendo parte de uma vaga que poderá ser designada de "artivismo"
Por ano, 8 milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos. É com esta matéria prima que Ana Pêgo trabalha criativamente no seu projeto Plasticus maritimus para nos alertar sobre o desastre ambiental que está espelhado nas nossas praias. Já criou um esqueleto de uma baleia com o plástico que vem dar à costa e utiliza o restante lixo para criar exposições e ensinar os mais novos